sexta-feira, 30 de maio de 2008

Nova droga é mais eficaz no controle da diabete

Uma nova geração de medicamentos contra a diabete promete mudar a vida dos pacientes. Chamados de remédios inteligentes, têm ação seletiva sobre os mecanismos de regulação de insulina e níveis de glicose no sangue, evitando a hipoglicemia.Eles só funcionam quando a pessoa se alimenta e o açúcar no sangue está elevado. Quando a glicemia volta a níveis normais, o medicamento pára de agir, tornando mais baixo o risco da hipoglicemia.Hoje, grande parte dos remédios causa a queda excessiva dos níveis de açúcar no sangue - porque funcionam quando os diabéticos precisam, mas também quando não há necessidade. Os sintomas podem ir da fraqueza, tremores, suor frio, tontura, dificuldade de concentração e convulsões, podendo, até mesmo, levar ao coma.A nova classe de medicamentos age na produção de hormônios chamados incretinas, secretados no intestino cada vez que a pessoa se alimenta. Do intestino, as incretinas vão para o pâncreas pela corrente sanguínea. Ali, elas se instalam nas células beta e ajudam na fabricação da insulina.Em pessoas normais, o nível de incretina no intestino aumenta cerca de 60% cada vez que ela se alimenta. No diabético, o aumento é de apenas 6%. A diferença dos medicamentos inteligentes é o alvo de sua ação. A maior parte os medicamentos para diabete age de duas maneiras: estimulando diretamente o pâncreas a fabricar insulina ou melhorando a ação da insulina, ao diminuir a resistência do corpo à sua ação.Dois desses medicamentos foram aprovados em 2007 no Brasil. O Januvia (sitagliptina), da Merck Sharp Dhome, e o Galvus (vildagliptina), da Novartis. Os dois são inibidores da DPP 4, enzima que "destrói" o hormônio GLP1 - o principal das incretinas. A forma de ação desses medicamentos é considerada pelos especialistas a nova fronteira no tratamento da diabete, tanto que hoje outras 12 gliptinas (da mesma classe) estão em desenvolvimento. "A tendência é usar esses medicamentos em associação com outras drogas", diz o chefe do departamento de Endocrinologia do Hospital Heliópolis e coordenador do Núcleo de Terapia Celular e Molecular do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, Freddy Goldberg Eliaschewitz.LagartoO mais recente dos medicamentos inteligentes para o tratamento da diabete a chegar ao mercado brasileiro é o Byetta (nome comercial da exenatida), do laboratório Eli Lilly, aprovado no último mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Extraído da saliva do maior lagarto dos desertos dos Estados Unidos, o Monstro de Gila, o remédio é um hormônio sintético que substitui a ação do GLP1.Outra vantagem é a ajuda na perda de peso. "Esse é um ganho importante, pois cerca de 90% dos pacientes com diabete tipo 2 são obesos", explica o endocrinologista João Eduardo Salles, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa.A indicação é para pacientes que ainda não precisam das aplicações diárias de insulina e não conseguiram bons resultados com outras drogas.O engenheiro civil Marco Antonio Colombini, de 64 anos, não esperou o remédio ser aprovado no Brasil para utilizá-lo. Há um ano e meio usando o Byetta, conseguiu melhor desempenho na regulação do nível de glicemia em seu sangue.O preço, no entanto, não lhe agrada nem um pouco. "Antes de ser aprovado pela Anvisa, importava o remédio e pagava R$ 678. Agora estou pagando R$ 371, mas ainda é muito", reclama. "Só estou vivo porque tenho dinheiro para pagar."

LINK: http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/05/19/nova_droga_e_mais_eficaz_no_controle_da_diabete_1318506.html

Anvisa aprova preço da vacina contra câncer de colo de útero

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem o preço da Cervarix, vacina para a prevenção de câncer de colo de útero, do laboratório GlaxoSmithKline. O valor autorizado pela agência é de R$ 249,78 para a dose.Como o produto tem isenção de impostos, hoje pode ser vendido por R$ 216,55. Para a proteção completa são necessárias três aplicações, o que eleva o preço do tratamento para R$ 649,55.No entanto, como a aplicação deve ser feita em clínicas especializadas, o valor para as pacientes deve ser maior com o acréscimo de custos e taxas do serviço. Mesmo assim, a vacina da GSK chega ao mercado brasileiro com preço menor do que o da concorrente Gardasil, da Merck, com preço estipulado em R$ 346,16 pela Anvisa - e encontrado por até R$ 500 a dose nas clínicas particulares.A indicação da Anvisa é para mulheres entre 10 e 25 anos, seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina da GSK proporciona proteção contra quatro tipos de HPVs - 16, 18, 31 e 45 - responsáveis por aproximadamente 80% dos casos da doença. O câncer de colo de útero é a segunda maior causa de mortes por câncer entre mulheres, atrás apenas do tumor de mama.Segundo o gerente médico da área de vacinas da GSK, Pedro Lima, o tempo de proteção comprovado da vacina é de 6,5 anos. No entanto, afirma que novas simulações apresentadas em congressos internacionais elevam esse período para cerca de 20 anos. “Agora iniciaremos o seguimento das pesquisas por no mínimo mais três anos, ou seja, teremos uma vacina com 9 anos e meio de eficácia comprovada”, afirma.EficáciaDe acordo com o laboratório, dados recentes de um estudo com a vacina - realizado com mais de 700 mulheres com idades entre 15 e 25 anos, conduzido em 28 centros no Brasil, Canadá e EUA - demonstraram 100% de eficácia na prevenção das lesões pré-cancerosas. Segundo Lima, a vacina oferece proteção ainda contra a infecção causada pelos tipos virais 31 e 45 e também gerou níveis altos de anticorpos contra os tipos de HPV 16 e 18. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

LINK:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/05/21/anvisa_aprova_preco_da_vacina_contra_cancer_de_colo_de_utero_1321343.html

Abacavir: medicamento contra o HIV é associado a maior risco de infarto.

O abacavir é um medicamento antiviral comumente usado no tratamento de pacientes infectados pelo humana. É o agente causador da AIDS.','')">HIV. Estudo publicado na revista The Lancet relata que este medicamento mostrou dobrar o risco de um ataque cardíaco.Uma equipe da Universidade de Copenhagen estudou medicamentos (zidovudina, didanosina, estavudina, lamivudina e abacavir) contra o humana. É o agente causador da AIDS.','')">HIV. Participaram do estudo prospectivo mais de 33 mil pessoas. A pesquisa revelou uma probabilidade de ocorrência de dano até então desconhecida: o abacavir pode dobrar o risco de uma pessoa sofrer um o coração por estreitamento dos vasos oubloqueio do fluxo. Também conhecido por ataquecardíaco.','')">infarto do miocárdio. Este perigo não é cumulativo. Após 6 meses de suspensão do medicamento, os indivíduos não apresentam mais riscos cardiovasculares aumentados.Pesquisadores dinamarqueses alertam que os médicos devem considerar programas alternativos de tratamento para alguns pacientes, levando em conta os resultados da pesquisa, juntamente com outros fatores de risco como história familiar, fumo e atividades físicas.
Os únicos medicamentos que mostraram risco cardíaco aumentado foram o abacavir e a didanosina. Esta última não é usada no Reino Unido e apresenta menor que o abacavir. O abacavir reduz a quantidade de uma célula de um organismo superior e replicar-seutilizando os elementos celulares do hospedeiro.São capazes de causar múltiplas doenças,desde um resfriado comum até a AIDS.','')">vírus no organismo e é geralmente usado em combinação com outras drogas.
Fonte: The Lancet

LINK:http://www.news.med.br/index.pl?C=A&V=66726F6D3D626F78466F6C646572436F6E74656E742666506F737449443D3135363230266163743D73686F7752656164436F6D6D656E7473

SANDOZ LANÇA TRATAMENTO PARA OSTEOARTROSE (Faximin – Sulf. Glicosamina)

A Sandoz, divisão de medicamentos livres de patente do grupo Novartis, lança o Faximin (sulfato de glicosamina), indicado para o tratamento da osteoartrose, a mais freqüente das doenças reumáticas. O medicamento tem dupla ação. Além do efeito antiinflamatório, age na recuperação das cartilagens desgastadas pela degeneração das articulações. O medicamento proporciona, ainda, maior comodidade, uma vez que o paciente deve tomar apenas um sachê ao dia. O Faximin chega ao mercado com preço cerca de 20% menor que o do medicamento de referência, em caixas com 15 sachês. Informações acesse o site www.sandoz.com.br. Fonte: Maxpress Net - SPRÓTULO DO GENÉRICO INFORMARÁ REMÉDIO DE MARCA22/08 - A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pretende mudar as embalagens dos medicamentos genéricos. Segundo a proposta do órgão, o nome do remédio de referência – aquele cujo princípio ativo é usado pelo genérico – deverá constar impresso nos rótulos dos genéricos. No caso, por exemplo, do Diclofenaco Potássico, genérico do antiinflamatório “Cataflan” terá de vir escrito na parte frontal da embalagem, logo acima do nome do princípio ativo. Segundo a gerente de medicamentos genéricos da Anvisa, Fernanda Simioni, a alteração deverá auxiliar os consumidores na hora da compra. “O nome impresso seria mais um dispositivo para auxiliar na identificação do medicamento”, afirma. A proposta de alteração dos rótulos está em consulta pública no site da Anvisa (www.anvisa.gov.br) até o dia 17 de setembro. Qualquer um pode fazer sugestões e críticas ao modelo proposto no site. Depois desse período, as sugestões serão analisadas pela gerência de medicamentos genéricos da Anvisa e, então, passarão pela avaliação da Diretoria Colegiada do órgão. Segundo Fernanda, todo esse processo pode demorar, mas a expectativa é que, em 90 dias, as novas regras já comecem a valer nas farmácias. Para o assessor econômico da ABCFarma (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico), Geraldo Monteiro, a alteração nas embalagens não deve trazer impacto comercial. Segundo ele, a mudança é positiva, pois orienta os pacientes na hora da compra. Já a Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica) diz que está consultando as entidades filiadas para ter uma posição sobre o assunto. A Pró Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos) analisa a mudança nessa semana. - Vinicius Konchinski - Fonte: Agora São PauloBRISTOL INJETA US$ 40 MI NO PAÍS E CRESCE 12,5%23/08 - Bristol-Myers? Squibb (BMS) cresceu 12,5% no primeiro trimestre de 2006 ante o mesmo período de 2005 e investirá US$ 40 milhões na unidade brasileira este ano, em pesquisa e desenvolvimento e marketing. Mário Grieco, presidente da companhia, afirma que até dezembro deste ano a Bristol-Myers? Squibb elevará seu faturamento entre 20% e 25% em comparação ao consolidado de 2005, que totalizou US$ 194 milhões. A meta da empresa é aumentar em 40% o faturamento no Brasil nos próximos quatro anos, com no desenvolvimento de medicamentos nas 10 áreas terapêuticas principais que a empresa atua: Distúrbios Afetivos e Psiquiátricos, Hepatite, HIV/Aids, Arteriosclerose/Trombose, Oncologia, Artrite Reumatóide, Transplante de Órgãos Sólidos, Diabetes, Mal de Alzheimer e Obesidade. Até 2010, estão previstos aproximadamente 30 lançamentos nessas 10 áreas, levando-as a alcançar a participação de 80% no faturamento total da companhia. Atualmente, a BMS já atua em cinco dessas áreas (Oncologia, Sistema Nervoso Central, HIV, Arteriosclerose e Hepatite B) com medicamentos que respondem atualmente por 45% do faturamento total da companhia. Para este ano e 2007, estão previstos os lançamentos do Orencia (abatacept), para o tratamento da artrite reumatóide e do Sprycel (dasatinibe), para leucemia mileóide crônica. Dentro deste princípio, 2/3 dos compostos em fase avançada de desenvolvimento e 90% daqueles que estão em fase exploratória foram identificados pela BMS. - Fernanda Belchior - Fonte: DCI

LINK:http://comvisa.anvisa.gov.br/tiki-read_article.php?articleId=1029&highlight=sandoz

sábado, 26 de abril de 2008

A pílula contra a barriga

A medida da circunferência abdominal deve ser feita entre o final d osso do quadril e o final da costela. Em uma linha que a gente traça, a gente vai bem na metade e sempre depois da expiração.
Não é uma questão de vaidade - barriga grande demais é sinal de doença. Estudos mais recentes recomendam uma barriga de no máximo 80 centímetros para as mulheres e 90 para os homens.
Gordura abdominal pode causar doenças cardíacas, diabetes e problemas de colesterol e pressão alta.
Se você é da turma dos homens que têm mais de 90 centímetros de barriga, preste atenção, porque há duas novidades: uma que pode ser boa e uma ruim, pavorosa. A ruim é que já há uma pesquisa provando que barriga grande demais pode causar impotência.
“Isso é uma certeza. Na intimidade ele sabe que a barriga está atrapalhando seu desempenho sexual”, afirma Helder Machado, urologista da UERJ.
A barriga aumenta de duas a três vezes a chance de impotência. Essa foi uma das conclusões de um congresso de urologistas em Milão, na Itália, no mês passado.
“A barriga grande vai levar a uma obstrução arterial e uma diminuição dos níveis de testosterona circulante, vai diminuir o hormônio sexual do homem. Eu acho que a partir de agora, todo mundo que tem aquela barriguinha acentuada, que toma aquele seu choppinho, vai pensar antes. Isso vai prejudicar a minha função sexual - e vai mesmo”, explica o urologista.
Já falamos da notícia ruim, vamos agora à novidade boa e que interessa também às mulheres. É que a ciência acredita finalmente ter encontrado uma pílula contra a barriga. Só que não é para todos e já está causando polêmica.
O rimonabanto, ou a "pílula antibarriga" foi proibido nos Estados Unidos por aumentar os riscos de depressão e ansiedade. Mas está liberado na Europa desde 2006 e começa a ser vendido no Brasil esta semana.
“O rimonabanto é um medicamento que age tanto a nível do cérebro, diminuindo o apetite diretamente por uma ação no centro da fome, mas também age no que a gente chama de periferia, no tecido adiposo, tecido gorduroso, principalmente esse tecido localizado na região abdominal”,
É a primeira pílula que ao mesmo tempo pode atacar a obesidade, melhorar o HDL, o colesterol bom, e diminuir as chances de diabetes. Quem pode e quem não pode tomar esse medicamento? “Quem deve usar esse medicamento é o paciente que tenha indicação, paciente com obesidade ou sobrepeso que tenha doenças associadas ao sobrepeso. Pessoas que tenham excesso de peso sem nenhuma doença associada, geralmente o indivíduo pode não ter efeito nenhum. Vai perder tempo, dinheiro e pode ter efeitos colaterais. Então, a gente não recomenda o uso para fins estéticos e em pequenos excessos de peso”, explica Luciana Bahia, endocrinologista – UERJ.
Uma coisa é certa: seja pela saúde ou simplesmente pela estética, não há como perder a barriga sem seguir a fórmula dieta saudável e exercícios físicos. Mas atenção: não é qualquer exercício.
“Abdominais não vão reduzir nem uma grama da sua gordura do abdômen”, afirma o urologista.
Para queimar gordura, inclusive a da barriguinha, só com exercícios aeróbicos. “Pedalar, nadar, correr, caminhar”, indica o urologista.

LINK:http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1678846-4005,00.html

sábado, 19 de abril de 2008

Mais de 200 medicamentos sofreram reajuste acima do permitido

leia no link abaixo a pesquisa que revelou aguns dos 200 medicamentos que sofreram reajuste inadequado nos preços.

Link:http://www.agenciadanoticia.com.br/materia.asp?iArt=11942&iType=4
Agência suspende lotes de medicamentos para hipertensão
Anvisa


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, em todo país, o lote nº 2399 do medicamento Captomed (Captopril), 25mg, comprimidos, fabricado pela empresa Cimed Indústria de Medicamentos (RE 697), de Pouso Alegre (MG).
O medicamento, indicado para tratamento de hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, infarto do miocárdio e nefropatia diabética, apresentou resultado insatisfatório em relação ao teor do princípio ativo.
Também foram suspensos dois lotes de outro anti-hipertensivo, o Medpress (metildopa) 500mg, fabricado pela empresa Medquímica Indústria Farmacêutica (RE 782), de Juiz de Fora (MG). Os lotes 09746S e 09736S apresentaram resultados insatisfatórios nos ensaios de descrição de amostra e aspecto.
A Agência interditou, por 90 dias, o lote 0338/07 do antibiótico Eritram (Estearato de Eritromicina), produzido pela Hipolabor Farmacêutica (RE 742), de Sabará (MG). O lote apresentou resultado insatisfatório no ensaio de aspecto, o que pode comprometer a concentração final do medicamento.
Já o lote 51507 da Solução Fisiológica de Ringer com Lactato de Sódio também foi interditado por apresentar material estranho visível a olho nu. Além disso, o rótulo estava em desconformidade com as exigências da Anvisa. O produto, um reidratante parenteral, é produzido pelo Laboratório Sanabiol (RE 740), também de Sabará (MG).
A Anvisa suspendeu ainda a fabricação, distribuição, comércio e uso de todos os produtos sob vigilância sanitária fabricados pela empresa Limpex Indústria e Comércio (RE 782), de Sabinópolis (MG). Os produtos não possuem registro e a empresa não tem autorização de funcionamento.
Novos medicamentos, novos tratamentos, novas abordagens
Por Patrícia Mariuzzo e Murilo Alves Pereira


A toda experiência sensitiva e emocional desagradável, relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos, é dado o nome de dor, segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (Iasp, na sigla em inglês). Cada indivíduo aprende a usar esse termo a partir das suas experiências e de sua cultura. Experiências essas que, mergulhadas como estão em determinados estilos de vida, fazem surgir novas dores ou até novas doenças. Livrar-se da dor ou aliviar aquela sensação desagradável é uma das preocupações mais antigas da humanidade. Dizia Hipócrates, considerado o pai da medicina, que aliviar a dor é uma obra divina.
Uma das mais antigas substâncias utilizadas pelo homem para aliviar a dor é o ópio. Em “Uma breve história do ópio e dos opióides”, artigo publicado na Revista Brasileira de Anestesiologia, Danilo Freire Duarte, farmacologista da Universidade Federal de Santa Catarina, conta que Celso, médico romano que viveu no primeiro século da era cristã, recomendava o uso do ópio para o alívio da dor. Ele mesmo foi autor de várias formulações que continham essa substância como principal ingrediente. Parece certo, portanto, que a partir dos romanos, a propriedade analgésica do ópio passou a ser reconhecida. A partir dele são obtidas drogas como a morfina e a codeína, os opiáceos. É possível também fabricar sinteticamente substâncias que têm ação semelhante, que são os opióides.
“Os opióides têm mantido a sua posição como o grupo farmacológico que confere analgesia mais potente”, explica Duarte. São usuários desses medicamentos as pessoas que sofrem de dores muito intensas, como pacientes com câncer, com grandes queimaduras, politraumatizados etc. As principais discussões em torno do uso dos opióides giram em torno dos efeitos colaterais que eles provocam: paralisia do estômago, prisão de ventre (baseado neste efeito, eles também podem ser usados para combater diarréias). Em doses maiores, ocorre queda da pressão arterial, diminuição da frequência respiratória e o coração fica mais lento. Além dos efeitos colaterais, há ainda questões importantes a serem respondidas, segundo Duarte, entre elas se essas drogas são igualmente potentes como analgésicos para qualquer tipo de doença, e o risco de vício para pacientes com dores crônicas, que recebem esses medicamentos por tempo prolongado.
O farmacólogo explica que todos os efeitos dos opióides, inclusive os adversos, são decorrentes das interações que ocorrem entre essas drogas e receptores específicos do sistema nervoso, tanto os que transmitem quanto os que inibem a dor. “Os conhecimentos atuais de farmacologia clínica permitem selecionar o opióide a ser administrado, buscando obter o máximo de analgesia com o mínimo de efeitos colaterais. Essa relação custo-benefício se tornará ainda mais efetiva quando as pesquisas levarem a uma maior identificação de sub-tipos de receptores, a um maior esclarecimento da interação opióide-receptor e à síntese de novos opióides com ação mais seletiva ou mesmo específica”, conclui.
Cientes dos efeitos colaterais do uso prolongado de analgésicos e antiinflamatórios, os profissionais da saúde têm buscado combinar técnicas de tratamento convencional à medicina tradicional. A hipnose, a fitoterapia e a acupuntura são algumas delas. “Nos últimos anos a utilização de medicamentos fitoterápicos vem crescendo significativamente e isso se deve principalmente à comprovação, por meio de estudos clínicos, da segurança e da eficácia desses medicamentos”, acredita Marcos Korukian, médico do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina. Ele participou da pesquisa que resultou no primeiro fitoterápico antiinflamatório tópico brasileiro, criado a partir do extrato da erva-baleeira, também conhecida como maria milagrosa. O produto é vendido pela Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A com o nome de Acheflan e faz parte de uma linha de fitomedicamentos criada pela empresa, a Phytomedica.
O medicamento é indicado para o tratamento de traumas, dores musculares e tendinites. “Os estudos realizados mostram que os pacientes tratados com a pomada fitoterápica tiveram alívio mais rápido da dor e da inflamação. O tratamento foi, em geral, mais eficaz do que naqueles que utilizaram o diclofenaco dietilamônico, princípio ativo presente nos antiinflamatórios convencionais do mercado, com o mesmo perfil de segurança”, explica Korukian.
Outra aposta na pesquisa de novos medicamentos para conter a dor é o desenvolvimento de remédios a partir de toxinas de outros seres vivos. O Centro de Toxicologia Aplicada, CAT, um dos dez Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids), criados pela Fapesp em 2000, sintetizou a proteína enpak, sigla para endogenous pain killer, ou analgésico endógeno, obtida a partir do veneno da cascavel. Os testes mostraram que o enpak tem, em uma única dose, poder de analgesia 600 vezes superior ao da morfina. O efeito se prolonga por até cinco dias sem efeitos colaterais.
Agulhas no sistema único de saúde
Outra técnica tradicional para aliviar a dor, que tem sido alvo de pesquisas científicas é a acupuntura. Um exemplo é o trabalho da médica obstetra, especialista em acupuntura, Roxana Knobel, desenvolvido no Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher, Caism, da Unicamp. Ela concluiu que a acupuntura contribui de maneira eficaz para aliviar a dor durante o processo de dilatação que antecede o parto propriamente dito. “As parturientes do grupo placebo receberam três vezes mais drogas, analgésicas e/ou tranquilizantes, do que as que receberam acupuntura. Embora a diferença entre a via de parto não tenha sido estatisticamente significativa entre os grupos, observou-se que no grupo controle houve praticamente o dobro de cesáreas que no grupo que utilizou a acupuntura, devido à intensidade da dor”, explica Knobel. A técnica também se mostrou segura, pois não houve nenhum efeito colateral para as mães e tampouco para os bebês.
O parto é dividido em três fases: a primeira, dilatação, vai do início das contrações uterinas até que o colo se dilate por completo. Segundo a médica, esta fase pode durar até oito horas e é muito dolorosa para a mulher. A segunda vai da dilatação completa até a saída do bebê. Demora 30 minutos. A terceira fase é a expulsão da placenta. “Mesmo atualmente, com os avanços das técnicas analgésicas e a possibilidade de alívio, a dor do parto ainda é tida como uma das mais intensas sentidas pelo ser humano e certamente é temida pelas parturientes, preocupando familiares e a equipe de saúde envolvida”. Uma opção são as drogas opióides, mas elas têm efeitos colaterais intensos, podendo causar depressão respiratória na mãe e no recém-nascido. Daí a importância de aliviar a dor no período da dilatação. No estudo a obstetra fez aplicações de acupuntura nas costas ou na orelha das parturientes. O grupo de controle recebeu tratamento simulado.

Leia na íntegra no link: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=24&id=273
Médicos estudam novos medicamentos para a Leucemia Mielóide Crônica

Christine Lages- O Globo online

LINK:http://oglobo.globo.com/saude/vivermelhor/mat/2007/08/03/297100032.asp
Dois novos medicamentos combatem a osteoporose

FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S.Paulo


Uma doença que afeta em torno de 10 milhões de brasileiros e mata cerca de 40 mil todos os anos cresce com o envelhecimento da população. Principal doença metabólica óssea, a osteoporose é considerada problema de saúde pública --tanto que o período de 2000 a 2010 foi eleito pela Organização Mundial da Saúde como a Década do Osso e da Articulação.Segundo a IOF (International Osteoporosis Foundation), a osteoporose hospitaliza por mais tempo as mulheres de 45 anos de idade do que o diabetes, o infarto do miocárdio e o câncer de mama. Dados da mesma entidade mostram que um terço das mulheres e um quinto dos homens com idade acima de 50 anos apresentarão fratura relacionada à doença ao longo da vida. A fratura de fêmur, considerada a conseqüência mais séria, causa a morte de cerca de um quinto dos pacientes no primeiro ano.Além do trio exercícios físicos, alimentação rica em cálcio e exposição moderada ao sol, o tratamento é feito à base de remédios que agem diminuindo a reabsorção do osso ou formando mais massa óssea. Dois novos medicamentos para a doença acabam de ser aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e chegam ao mercado brasileiro ainda no primeiro semestre.Um deles, cujo princípio ativo se chama ibandronato de sódio, será de administração mensal --as opções disponíveis atualmente são de periodicidade diária ou semanal. A expectativa é que ele diminua um problema considerado preocupante no caso da osteoporose: o abandono de tratamento. Por raramente provocar dor ou sintomas aparentes --sendo conhecida por isso como "doença silenciosa"--, muitos pacientes desistem dos remédios antes do tempo necessário.O outro remédio, o ranelato de estrôncio, é uma nova classe terapêutica que promete atuar em duas frentes: além de diminuir a reabsorção de osso, mecanismo de ação da maioria dos medicamentos, aumenta a formação de massa óssea. Hoje, há produtos que atuam apenas por um ou outro mecanismo. "Deve ser mais uma alternativa para mulheres com osteoporose leve e perto da menopausa que não querem tomar hormônio", diz a reumatologista Elaine Azevedo, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Osteoporose.Por enquanto, não há planos de que nenhum dos dois produtos esteja disponível pelo Sistema Único de Saúde. Os dois laboratórios responsáveis pelos remédios --Roche e Servier, respectivamente-- informam que o preço ainda não foi definido, mas que deve ficar na faixa dos outros medicamentos vendidos no mercado --atualmente, o tratamento não fica por menos de R$ 100 por mês.Segundo a Roche, laboratório fabricante do ibandronato, trata-se do primeiro remédio oral para doenças crônicas no mundo com periodicidade mensal. Um levantamento feito pela IOF com o apoio da empresa mediu a falta de persistência no tratamento em 502 mulheres com osteoporose na pós-menopausa. Os resultados mostraram que até 60% das entrevistadas que tomam remédio contra a doença uma vez por semana e 80% das que tomam uma vez ao dia os abandonaram antes do primeiro ano. Inconveniência (necessidade de tomar os comprimidos em jejum e manter-se ereto por 30 minutos após a ingestão), efeitos colaterais e esquecimento foram os principais motivos citados."O ibandronato deve melhorar a aderência dos pacientes e diminuir a freqüência dos efeitos colaterais, que são principalmente gastrointestinais. A tendência em todas as áreas é melhorar a posologia das medicações", diz a endocrinologista Marise Lazaretti Castro, chefe do ambulatório de doenças osteometabólicas da disciplina de endocrinologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).Um medicamento de administração anual que chegará em março ao país para o tratamento da Doença de Paget (outra doença metabólica óssea) está em fase de pesquisa para uso contra a osteoporose. Segundo a Novartis, fabricante, o pedido de autorização para a substância deve ocorrer em 2007.

LINK: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4072.shtml

sábado, 29 de março de 2008

A radioimunoterapia pode ser utilizada com maior segurança

ORLANDO, Flórida. Pesquisadores da Escola de Medicina Keck da Universidade do Sul da Califórnia encontraram um modo de tornar mais seletivo o tratamento para pacientes com linfoma não-Hodgkin. Os resultados foram apresentados no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia (ASCO) de 2005.
Chamado de radioimunoterapia, o novo tratamento permite aos médicos direcionarem a radiação diretamente para as células cancerosas do paciente, de dentro do corpo ao invés de fontes externas.
A radioimunoterapia junta átomos radioativos com anticorpos especiais. Esses anticorpos são injetados no corpo, onde eles entregam sua carga radioativa após procurarem e se ligarem a proteínas encontradas nas células cancerosas. Instituições selecionadas oferecem esse tratamento para pacientes com linfoma não-Hodgkin desde o inicio dos anos 2000.
Contudo, em uns poucos pacientes, a medicação vai para o tecido errado. O que quer dizer que os médicos tem de fazer inumeras tomografias no início do tratamento para monitorar os pacientes, processo que alonga e complica o tratamento. Se os médicos pudessem rapidamente confirmar que a medicação está indo para o lugar certo, isso aceleraria o tratamento ao passo que manteria a qualidade do cuidado com o paciente.
"Essa abordagem de tratamento está crescendo, e é uma nova e realistica alternativa às quimioterapias convencionais. Tornando-a mais fácil para os médicos administrar o tratamento, evitando passos desnecessários, levará a uma utilização maior e melhor aceitação pelo paciente," disse Peter Conti, médico, professor de radiologia na Faculdade de Keck, diretor do Centro de Imagem e Tomografia da Universidade do Sul da Califórnia e primeiro autor da apresentação no congresso da ASCO. Ele observou que os pacientes recebem injeções em rotina ambulatorial e tem auto nível de satisfação geral com o procedimento.
Assim os pesquisadores da Faculdade de Medicina Keck e a Biogen Idec Inc. de San Diego, estudaram cerca de 400 pacientes que haviam recebido Zevalin, um tipo de radioimunoterapia, entre 2002 e 2003. A Biogen Idec Inc. desenvolveu o zevalin. Todos os pacientes haviam tentado outras terapias convencionais, sem sucesso.
O Zevalin consiste de uma série de passos. Na primeira linha de ataque, os médicos infundem rituximab, um anticorpo monoclonal que se liga à superfície de linfócitos B, a célula imune na maior parte das vezes envolvida nos linfomas não-Hodgkin. A seguir, para as sessões de imagem, os médicos injetam um outro anticorpo monoclonal, o ibritumomab tiuxetan, que foi especialmente marcado com um radioisótopo conhecido como o Índio 111. Finalmente, uma semana depois, e somente se as sessões de imagem mostraram que a medicação se acumulou nas áreas corretas, eles injetam ibritumomab tiuxetan que foi marcado com um outro radioisótopo chamado Ítrio 90.
Após as injeções de ibritumomab tiuxetan com Índio 111, os médicos hoje fazem uma varredura tomográfica dentro de 24 horas da injeção e novamente dentro de dois ou três dias para verificar que a radioatividade foi para o local do câncer. Alguns ainda fazem mais varreduras, 4 ou 5 dias após. Porém, Conti e colegas descobriram que a maioria destas varreduras são desnecessárias.
Em seu estudo, eles viram que 16 pacientes haviam descontinuado o tratamento devido aos resultados das tomografias. Destes, somente 6 realmente tinham recebido a medicação no tecido errado. E, mais importante, todos esses casos eram evidentes já na primeira tomografia.
Esses achados sugerem que os médicos e os pacientes podem prosseguir com confiança o tratamento se a radioimunoterapia está atingindo corretamente as áreas com câncer, baseados nas tomografias realizadas dentro de 24 horas após a injeção de Zevalin marcado com Índio 111.

Fonte: http://www.farmaco.ufsc.br/farmaco/zevalin.html

quinta-feira, 27 de março de 2008

Essa sou eu...

Me chamo Carolina, natural de Uberaba, tenho 24 anos, moro com meus pais e meus irmãos!!!
Sou acadêmica de enfermagem, faço parte de um grupo de estudos de fundamentos básicos de enfermagem I: bases práticas. Adoro o curso que escolhe embora tenha feito um período de psicologia antes.
Gosto de estudar muito, me saio bem nas matérias e busco aprender sempre com meus erros e exemplos das outras pessoas. Colaboro sempre com aqueles que procuram ajuda e gosto de conversar muito sobre vários assuntos.
Quanto a gostos pessoais eu sou bem eclética, gosto de me divertir com amigos mas de forma responsável sem prejudicar a minha saúde e a saúde de todos a minha volta.