sábado, 26 de abril de 2008

A pílula contra a barriga

A medida da circunferência abdominal deve ser feita entre o final d osso do quadril e o final da costela. Em uma linha que a gente traça, a gente vai bem na metade e sempre depois da expiração.
Não é uma questão de vaidade - barriga grande demais é sinal de doença. Estudos mais recentes recomendam uma barriga de no máximo 80 centímetros para as mulheres e 90 para os homens.
Gordura abdominal pode causar doenças cardíacas, diabetes e problemas de colesterol e pressão alta.
Se você é da turma dos homens que têm mais de 90 centímetros de barriga, preste atenção, porque há duas novidades: uma que pode ser boa e uma ruim, pavorosa. A ruim é que já há uma pesquisa provando que barriga grande demais pode causar impotência.
“Isso é uma certeza. Na intimidade ele sabe que a barriga está atrapalhando seu desempenho sexual”, afirma Helder Machado, urologista da UERJ.
A barriga aumenta de duas a três vezes a chance de impotência. Essa foi uma das conclusões de um congresso de urologistas em Milão, na Itália, no mês passado.
“A barriga grande vai levar a uma obstrução arterial e uma diminuição dos níveis de testosterona circulante, vai diminuir o hormônio sexual do homem. Eu acho que a partir de agora, todo mundo que tem aquela barriguinha acentuada, que toma aquele seu choppinho, vai pensar antes. Isso vai prejudicar a minha função sexual - e vai mesmo”, explica o urologista.
Já falamos da notícia ruim, vamos agora à novidade boa e que interessa também às mulheres. É que a ciência acredita finalmente ter encontrado uma pílula contra a barriga. Só que não é para todos e já está causando polêmica.
O rimonabanto, ou a "pílula antibarriga" foi proibido nos Estados Unidos por aumentar os riscos de depressão e ansiedade. Mas está liberado na Europa desde 2006 e começa a ser vendido no Brasil esta semana.
“O rimonabanto é um medicamento que age tanto a nível do cérebro, diminuindo o apetite diretamente por uma ação no centro da fome, mas também age no que a gente chama de periferia, no tecido adiposo, tecido gorduroso, principalmente esse tecido localizado na região abdominal”,
É a primeira pílula que ao mesmo tempo pode atacar a obesidade, melhorar o HDL, o colesterol bom, e diminuir as chances de diabetes. Quem pode e quem não pode tomar esse medicamento? “Quem deve usar esse medicamento é o paciente que tenha indicação, paciente com obesidade ou sobrepeso que tenha doenças associadas ao sobrepeso. Pessoas que tenham excesso de peso sem nenhuma doença associada, geralmente o indivíduo pode não ter efeito nenhum. Vai perder tempo, dinheiro e pode ter efeitos colaterais. Então, a gente não recomenda o uso para fins estéticos e em pequenos excessos de peso”, explica Luciana Bahia, endocrinologista – UERJ.
Uma coisa é certa: seja pela saúde ou simplesmente pela estética, não há como perder a barriga sem seguir a fórmula dieta saudável e exercícios físicos. Mas atenção: não é qualquer exercício.
“Abdominais não vão reduzir nem uma grama da sua gordura do abdômen”, afirma o urologista.
Para queimar gordura, inclusive a da barriguinha, só com exercícios aeróbicos. “Pedalar, nadar, correr, caminhar”, indica o urologista.

LINK:http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1678846-4005,00.html

sábado, 19 de abril de 2008

Mais de 200 medicamentos sofreram reajuste acima do permitido

leia no link abaixo a pesquisa que revelou aguns dos 200 medicamentos que sofreram reajuste inadequado nos preços.

Link:http://www.agenciadanoticia.com.br/materia.asp?iArt=11942&iType=4
Agência suspende lotes de medicamentos para hipertensão
Anvisa


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, em todo país, o lote nº 2399 do medicamento Captomed (Captopril), 25mg, comprimidos, fabricado pela empresa Cimed Indústria de Medicamentos (RE 697), de Pouso Alegre (MG).
O medicamento, indicado para tratamento de hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, infarto do miocárdio e nefropatia diabética, apresentou resultado insatisfatório em relação ao teor do princípio ativo.
Também foram suspensos dois lotes de outro anti-hipertensivo, o Medpress (metildopa) 500mg, fabricado pela empresa Medquímica Indústria Farmacêutica (RE 782), de Juiz de Fora (MG). Os lotes 09746S e 09736S apresentaram resultados insatisfatórios nos ensaios de descrição de amostra e aspecto.
A Agência interditou, por 90 dias, o lote 0338/07 do antibiótico Eritram (Estearato de Eritromicina), produzido pela Hipolabor Farmacêutica (RE 742), de Sabará (MG). O lote apresentou resultado insatisfatório no ensaio de aspecto, o que pode comprometer a concentração final do medicamento.
Já o lote 51507 da Solução Fisiológica de Ringer com Lactato de Sódio também foi interditado por apresentar material estranho visível a olho nu. Além disso, o rótulo estava em desconformidade com as exigências da Anvisa. O produto, um reidratante parenteral, é produzido pelo Laboratório Sanabiol (RE 740), também de Sabará (MG).
A Anvisa suspendeu ainda a fabricação, distribuição, comércio e uso de todos os produtos sob vigilância sanitária fabricados pela empresa Limpex Indústria e Comércio (RE 782), de Sabinópolis (MG). Os produtos não possuem registro e a empresa não tem autorização de funcionamento.
Novos medicamentos, novos tratamentos, novas abordagens
Por Patrícia Mariuzzo e Murilo Alves Pereira


A toda experiência sensitiva e emocional desagradável, relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos, é dado o nome de dor, segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (Iasp, na sigla em inglês). Cada indivíduo aprende a usar esse termo a partir das suas experiências e de sua cultura. Experiências essas que, mergulhadas como estão em determinados estilos de vida, fazem surgir novas dores ou até novas doenças. Livrar-se da dor ou aliviar aquela sensação desagradável é uma das preocupações mais antigas da humanidade. Dizia Hipócrates, considerado o pai da medicina, que aliviar a dor é uma obra divina.
Uma das mais antigas substâncias utilizadas pelo homem para aliviar a dor é o ópio. Em “Uma breve história do ópio e dos opióides”, artigo publicado na Revista Brasileira de Anestesiologia, Danilo Freire Duarte, farmacologista da Universidade Federal de Santa Catarina, conta que Celso, médico romano que viveu no primeiro século da era cristã, recomendava o uso do ópio para o alívio da dor. Ele mesmo foi autor de várias formulações que continham essa substância como principal ingrediente. Parece certo, portanto, que a partir dos romanos, a propriedade analgésica do ópio passou a ser reconhecida. A partir dele são obtidas drogas como a morfina e a codeína, os opiáceos. É possível também fabricar sinteticamente substâncias que têm ação semelhante, que são os opióides.
“Os opióides têm mantido a sua posição como o grupo farmacológico que confere analgesia mais potente”, explica Duarte. São usuários desses medicamentos as pessoas que sofrem de dores muito intensas, como pacientes com câncer, com grandes queimaduras, politraumatizados etc. As principais discussões em torno do uso dos opióides giram em torno dos efeitos colaterais que eles provocam: paralisia do estômago, prisão de ventre (baseado neste efeito, eles também podem ser usados para combater diarréias). Em doses maiores, ocorre queda da pressão arterial, diminuição da frequência respiratória e o coração fica mais lento. Além dos efeitos colaterais, há ainda questões importantes a serem respondidas, segundo Duarte, entre elas se essas drogas são igualmente potentes como analgésicos para qualquer tipo de doença, e o risco de vício para pacientes com dores crônicas, que recebem esses medicamentos por tempo prolongado.
O farmacólogo explica que todos os efeitos dos opióides, inclusive os adversos, são decorrentes das interações que ocorrem entre essas drogas e receptores específicos do sistema nervoso, tanto os que transmitem quanto os que inibem a dor. “Os conhecimentos atuais de farmacologia clínica permitem selecionar o opióide a ser administrado, buscando obter o máximo de analgesia com o mínimo de efeitos colaterais. Essa relação custo-benefício se tornará ainda mais efetiva quando as pesquisas levarem a uma maior identificação de sub-tipos de receptores, a um maior esclarecimento da interação opióide-receptor e à síntese de novos opióides com ação mais seletiva ou mesmo específica”, conclui.
Cientes dos efeitos colaterais do uso prolongado de analgésicos e antiinflamatórios, os profissionais da saúde têm buscado combinar técnicas de tratamento convencional à medicina tradicional. A hipnose, a fitoterapia e a acupuntura são algumas delas. “Nos últimos anos a utilização de medicamentos fitoterápicos vem crescendo significativamente e isso se deve principalmente à comprovação, por meio de estudos clínicos, da segurança e da eficácia desses medicamentos”, acredita Marcos Korukian, médico do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina. Ele participou da pesquisa que resultou no primeiro fitoterápico antiinflamatório tópico brasileiro, criado a partir do extrato da erva-baleeira, também conhecida como maria milagrosa. O produto é vendido pela Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A com o nome de Acheflan e faz parte de uma linha de fitomedicamentos criada pela empresa, a Phytomedica.
O medicamento é indicado para o tratamento de traumas, dores musculares e tendinites. “Os estudos realizados mostram que os pacientes tratados com a pomada fitoterápica tiveram alívio mais rápido da dor e da inflamação. O tratamento foi, em geral, mais eficaz do que naqueles que utilizaram o diclofenaco dietilamônico, princípio ativo presente nos antiinflamatórios convencionais do mercado, com o mesmo perfil de segurança”, explica Korukian.
Outra aposta na pesquisa de novos medicamentos para conter a dor é o desenvolvimento de remédios a partir de toxinas de outros seres vivos. O Centro de Toxicologia Aplicada, CAT, um dos dez Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids), criados pela Fapesp em 2000, sintetizou a proteína enpak, sigla para endogenous pain killer, ou analgésico endógeno, obtida a partir do veneno da cascavel. Os testes mostraram que o enpak tem, em uma única dose, poder de analgesia 600 vezes superior ao da morfina. O efeito se prolonga por até cinco dias sem efeitos colaterais.
Agulhas no sistema único de saúde
Outra técnica tradicional para aliviar a dor, que tem sido alvo de pesquisas científicas é a acupuntura. Um exemplo é o trabalho da médica obstetra, especialista em acupuntura, Roxana Knobel, desenvolvido no Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher, Caism, da Unicamp. Ela concluiu que a acupuntura contribui de maneira eficaz para aliviar a dor durante o processo de dilatação que antecede o parto propriamente dito. “As parturientes do grupo placebo receberam três vezes mais drogas, analgésicas e/ou tranquilizantes, do que as que receberam acupuntura. Embora a diferença entre a via de parto não tenha sido estatisticamente significativa entre os grupos, observou-se que no grupo controle houve praticamente o dobro de cesáreas que no grupo que utilizou a acupuntura, devido à intensidade da dor”, explica Knobel. A técnica também se mostrou segura, pois não houve nenhum efeito colateral para as mães e tampouco para os bebês.
O parto é dividido em três fases: a primeira, dilatação, vai do início das contrações uterinas até que o colo se dilate por completo. Segundo a médica, esta fase pode durar até oito horas e é muito dolorosa para a mulher. A segunda vai da dilatação completa até a saída do bebê. Demora 30 minutos. A terceira fase é a expulsão da placenta. “Mesmo atualmente, com os avanços das técnicas analgésicas e a possibilidade de alívio, a dor do parto ainda é tida como uma das mais intensas sentidas pelo ser humano e certamente é temida pelas parturientes, preocupando familiares e a equipe de saúde envolvida”. Uma opção são as drogas opióides, mas elas têm efeitos colaterais intensos, podendo causar depressão respiratória na mãe e no recém-nascido. Daí a importância de aliviar a dor no período da dilatação. No estudo a obstetra fez aplicações de acupuntura nas costas ou na orelha das parturientes. O grupo de controle recebeu tratamento simulado.

Leia na íntegra no link: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=24&id=273
Médicos estudam novos medicamentos para a Leucemia Mielóide Crônica

Christine Lages- O Globo online

LINK:http://oglobo.globo.com/saude/vivermelhor/mat/2007/08/03/297100032.asp
Dois novos medicamentos combatem a osteoporose

FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S.Paulo


Uma doença que afeta em torno de 10 milhões de brasileiros e mata cerca de 40 mil todos os anos cresce com o envelhecimento da população. Principal doença metabólica óssea, a osteoporose é considerada problema de saúde pública --tanto que o período de 2000 a 2010 foi eleito pela Organização Mundial da Saúde como a Década do Osso e da Articulação.Segundo a IOF (International Osteoporosis Foundation), a osteoporose hospitaliza por mais tempo as mulheres de 45 anos de idade do que o diabetes, o infarto do miocárdio e o câncer de mama. Dados da mesma entidade mostram que um terço das mulheres e um quinto dos homens com idade acima de 50 anos apresentarão fratura relacionada à doença ao longo da vida. A fratura de fêmur, considerada a conseqüência mais séria, causa a morte de cerca de um quinto dos pacientes no primeiro ano.Além do trio exercícios físicos, alimentação rica em cálcio e exposição moderada ao sol, o tratamento é feito à base de remédios que agem diminuindo a reabsorção do osso ou formando mais massa óssea. Dois novos medicamentos para a doença acabam de ser aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e chegam ao mercado brasileiro ainda no primeiro semestre.Um deles, cujo princípio ativo se chama ibandronato de sódio, será de administração mensal --as opções disponíveis atualmente são de periodicidade diária ou semanal. A expectativa é que ele diminua um problema considerado preocupante no caso da osteoporose: o abandono de tratamento. Por raramente provocar dor ou sintomas aparentes --sendo conhecida por isso como "doença silenciosa"--, muitos pacientes desistem dos remédios antes do tempo necessário.O outro remédio, o ranelato de estrôncio, é uma nova classe terapêutica que promete atuar em duas frentes: além de diminuir a reabsorção de osso, mecanismo de ação da maioria dos medicamentos, aumenta a formação de massa óssea. Hoje, há produtos que atuam apenas por um ou outro mecanismo. "Deve ser mais uma alternativa para mulheres com osteoporose leve e perto da menopausa que não querem tomar hormônio", diz a reumatologista Elaine Azevedo, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Osteoporose.Por enquanto, não há planos de que nenhum dos dois produtos esteja disponível pelo Sistema Único de Saúde. Os dois laboratórios responsáveis pelos remédios --Roche e Servier, respectivamente-- informam que o preço ainda não foi definido, mas que deve ficar na faixa dos outros medicamentos vendidos no mercado --atualmente, o tratamento não fica por menos de R$ 100 por mês.Segundo a Roche, laboratório fabricante do ibandronato, trata-se do primeiro remédio oral para doenças crônicas no mundo com periodicidade mensal. Um levantamento feito pela IOF com o apoio da empresa mediu a falta de persistência no tratamento em 502 mulheres com osteoporose na pós-menopausa. Os resultados mostraram que até 60% das entrevistadas que tomam remédio contra a doença uma vez por semana e 80% das que tomam uma vez ao dia os abandonaram antes do primeiro ano. Inconveniência (necessidade de tomar os comprimidos em jejum e manter-se ereto por 30 minutos após a ingestão), efeitos colaterais e esquecimento foram os principais motivos citados."O ibandronato deve melhorar a aderência dos pacientes e diminuir a freqüência dos efeitos colaterais, que são principalmente gastrointestinais. A tendência em todas as áreas é melhorar a posologia das medicações", diz a endocrinologista Marise Lazaretti Castro, chefe do ambulatório de doenças osteometabólicas da disciplina de endocrinologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).Um medicamento de administração anual que chegará em março ao país para o tratamento da Doença de Paget (outra doença metabólica óssea) está em fase de pesquisa para uso contra a osteoporose. Segundo a Novartis, fabricante, o pedido de autorização para a substância deve ocorrer em 2007.

LINK: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4072.shtml